quarta-feira, 16 de março de 2011

Lugares para conhecer (antes de esperar demais para isso!)

Você já sentiu uma grande vontade de visitar um lugar que nunca viu ou ouviu falar, como se já houvesse visitado antes? Já assistiu a um filme cujas imagens de belas paisagens trouxeram um sentimento bom, recheado de aromas e sabores peculiares artificialmente produzidos pela química dos pensamentos?

O poder das imagens é impressionante! E o cinema, a tv, a mídia em geral, trazem tudo isso de forma tão cativante que é fácil se sentir incompleto por não possuir ou por não ter feito algo antes, ao mesmo tempo em que uma multidão compartilha suas experiências pelo mundo afora.

A plasticidade das imagens induz a idealização do lugar perfeito, da situação perfeita, enquanto a maioria dos lugares e momentos incrivelmente únicos para se conhecer permanecem quase intocados. Quem nunca ouviu falar daquele texto  sobre o espetáculo que o sol nos oferece quase todos os dias no alvorecer enquanto todos permanecem dormindo?

Parece ser da natureza do ser humano o ímpeto de desejar coisas que se encontram longe demais ou que oferecem algum tipo de obstáculo ao seu alcance. Do contrário, que motivo levaria as pessoas a sonharem tanto com viagens exóticas e destinos longínquos, quando por muitas vezes sequer aproveitam a beleza do que está ao seu redor?

De fato, se alguém priva a si próprio de apreciar a vida no contexto em que vive, possivelmente terá dificuldades para contemplar a plenitude de que oferecem outros ambientes. Os americanos costumam dizer que a grama do vizinho é sempre mais verde. Em outras palavras, isso significa que sempre haverá algo melhor que não pertence a quem admira. E é claro que há sempre algo de melhor para se fazer ao tornar mais belo o que com zelo foi criado.

Talvez o segredo para se apreciar a beleza da vida esteja escrito com caligrafia conhecida em instruções bem simples, do despertar ao adormecer de cada dia.

As imagens estão cada vez mais reais nas máquinas modernas, mas traduzem apenas aqueles contornos cujas mãos de quem as produziu desejou revelar. Há muito mais a ser visto e talvez o despertar para um novo olhar seja um convite à descoberta de novidades sobre aquilo que se presumia ser de seu pleno conhecimento.

Ecossistemas inteiros de animais minúsculos e outros serem passam despercebidos a quem visita um bosque qualquer. O que dizer então da quantidade de imagens interessantes que existe em um raio de 100 km de qualquer lugar do planeta onde se viva.

A arte de apreciar pode estar na simplicidade daquilo que é percebido como algo banal e que, por este motivo, julga-se não merecer grande atenção. As coisas mais fantásticas que se pode imaginar só se revelam diante da observação atenta e interessada, pois do contrário pirâmides poderiam ser consideradas apenas imensos empilhados de pedra sem importância.

Bem, Amiga
Aprecie a beleza da vida na forma em que ela se revela.

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